segunda-feira, 22 de junho de 2015

Eduardo Paes nomeia deputado Rafael Picciani como novo secretário de Transportes do Rio

Por trás da troca, estaria a composição de poderes no PMDB. Jorge Picciani é candidato à presidência da Alerj e quer emplacar outro filho, o deputado federal Leonardo Picciani, para a sucessão de Paes. Já o prefeito gostaria de ver o deputado Pedro Paulo como o nome do PMDB nas eleições de 2016. Para o cientista político Paulo Baía, da UFRJ, a troca é sinal de aproximação dos grupos de Paes e de Picciani. “O grupo Picciani precisa do apoio do Paes e o PMDB não quer chegar ao fim de 2015 com uma briga interna e enfraquecido.” (Jornal O Dia)

Imagem: Reprodução/Jornal O Dia

— Nada contra ou a favor mas, o que entende de transporte o ilustre deputado Rafael Picciani? É um técnico da área? Não. Olha, os caras "são bons mesmo", hein! Entendem de habitação, entendem de transporte, entendem de meio ambiente,... ó! Como os políticos brasileiros são versáteis e autos de data, não é mesmo! Tem gente que estuda a vida inteira numa área só para se tornar um especialista no que faz. Mas, na política é incrível! Hoje o cara sabe de habitação, no dia seguinte sabe de transporte, no outro dia sabe de saúde, no dia seguinte sabe de aviação e por aí vai. Olha, genial! Sensacional! Viva o Brasil! 

Minha gente, isso mostra que nós estamos entregues ao que há de pior na sociedade. A classe política brasileira é a escória da sociedade. Salvo raríssimas exceções, a escória da sociedade não está dentro dos presídios, mas sim, no Planalto, nos palácios, nas prefeituras, nos gabinetes, nas Assembleias Legislativas, no Congresso e nas Câmaras de Vereadores.

O Estado brasileiro na visão dos políticos e dos partidos, aos quais estão filiados, não representa um instrumento para ajudar a sociedade a se organizar e trilhar um caminho de prosperidade, nunca foi. Para os partidos e para as máfias políticas, o Estado brasileiro representa apenas um duto de dinheiro. Eles não querem o poder porque o poder permite alterar a realidade e conduzir o Estado numa direção diferente, não. Eles nunca quiseram isso. Pergunto a você, ilustre contribuinte, o seguinte: Em que direção a canalhada política conduz o Estado brasileiro, independentemente, dos partidos que integrem? Em nenhuma. O jogo deles é a mera gestão do cotidiano. É a mesma porcaria.

É só olhar o que mudou nas últimas 20 eleições no Brasil. O que mudou? Diminuiu a corrupção e a violência? Melhorou a educação e a saúde? O país viveu 10 anos de absoluta prosperidade na economia. O mundo viveu até 2008 uma década de abundância total. Em contrapartida, a população vive numa situação avassaladora de indigência e miséria. É só chover pra gente ver! É só entrar no hospital público pra gente ver! Cadê o médico? Cadê o remédio? Cadê a vaga na escola? Cadê o material escolar? É isso. O país não mudou como deveria ter mudado. Em 20,30 ou 40 anos melhoramos o quanto e o que? Está de bom tamanho? Claro, que não está! Olhe pra dentro do trem, do ônibus, do metrô, da barca e veja se você está sendo tratado com o mínimo de respeito que seu imposto deveria lhe dar? Claro, que não!

Isso aí só muda se tivermos fenômenos crescentes, a partir de atos, como aqueles que vimos em junho de 2013. A única forma de alterar essa realidade, no Brasil, não é depositando 100% das esperanças no voto que exercemos a cada 2 anos. Isto porque, as máfias político-partidárias se apropriaram do processo político-eleitoral no país, fazendo das eleições apenas momentos para legitimarem a sua sobrevivência e a sua permanência no poder. A única forma de alterarmos essa realidade, é com o crescimento, o adensamento e a radicalização do movimento popular nas ruas. Só ele os fará mudar.

Esperar que os políticos mudem através do processo político-eleitoral é ridículo, porque eles não estão nem aí pra fazer essa mudança. Esperar que votando nessa canalhada política é investir na mudança dessa relação do Estado com a sociedade é patético. Sabe por quê? Não é isso que eles querem. O que eles querem é permanecer no poder através das eleições, porque é do aparato estatal que brotam, aos borbotões, os recursos públicos para alimentar essas máfias. Notem, não se trata de um ataque à instituição, à democracia e ao princípio da representação parlamentar. Trata-se de um discurso aplicado à realidade brasileira.